tag:blogger.com,1999:blog-194410548168898696.post3933114323766070558..comments2023-11-02T11:20:23.334+00:00Comments on OUT: ...we respect him because he shoots scenes of murder like scenes of love.José Oliveirahttp://www.blogger.com/profile/10745178216792905333noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-194410548168898696.post-19827909997266844572009-08-16T15:16:37.751+01:002009-08-16T15:16:37.751+01:00O que eu acho é que hoje em dia, no meio do cinema...O que eu acho é que hoje em dia, no meio do cinema, e não só, existe muita inveja, muito ressentimento, muita individualidade mesquinha, coisas assim…não existe aquela paixão pelo cinema e pela arte passível de criar laços, relações, discussões, algo, não sei, próximo do geracional e do grupo, essas equipas de combate de que o Costa fala…que lutem contra os meios fechados e herméticos dessas produtoras e distribuidoras meio fascistas que dominam tudo – dinheiro, festivais, mediatismo, “conhecimento” etc, etc. – cinema de combate e de resistência, e não só cinema mas tudo…textos, imagens e sons, posições firmes e reivindicações…algo que leve para a frente.<br /><br />Um trabalho como o que o Truffaut fez com Hitchcock hoje é completamente impossível, impensável, utópico. Porque na altura Truffaut já era um grande cineasta, premiado em Cannes e com uma legião de admiradores, etc…que faz ele? Tira dois anos para entrevistar alguém que nem era ainda considerado um grande cineasta… Mas quem hoje seria capaz de tal coisa? Que grande cineasta ousaria dedicar dois anos do seu tempo a outro para o promover, para desvendar os seus segredos? É ridículo nesta sociedade e neste tempo, até faz rir…<br /><br />Fica bem.José Oliveirahttps://www.blogger.com/profile/10745178216792905333noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-194410548168898696.post-54768345366853789322009-08-16T11:18:36.109+01:002009-08-16T11:18:36.109+01:00Quanto à introdução do nosso caro Bénard, que prec...Quanto à introdução do nosso caro Bénard, que preciosidade, gostaria de a ver.<br />Faz falta um crítico, assim como a ousadia excêntrica dessas abordagens de estética cinematográfica mas para consumo televisivo, massificado, ao cinema actual. Os boletins da programação são tão impessoais e não se denota um crítico que, no meio televisivo, tenha um destaque concreto, reconhecido... <br />Há dois problemas aqui: no meio televisivo português, os críticos que há falam do cinema em cartaz que, como se sabe, tem uma difusão, modo geral, bicéfala: Lisboa, Porto, por vezes Coimbra. Logo, há pessoas que estão a ouvir falar de filmes que não podem imediatamente ir ver, têm de esperar, com sorte, pelo dvd; Não existem programadores televisivos de Cinema reconhecidos. (Num modo microscópico, podemos salientar apenas o João Garção Borges, que assina a selecção do "Onda Curta")<br />E talvez seja por isso que eu, olhando em redor, vejo tão pouco amor pelo cinema, generalizado nos jovens actuais, tão pouco interessados, tirando certos focos localizados de paixão cinéfila. Estranha-se isso, tendo em conta, por um lado, a facilidade dada aos jovens para adquirir e ver mais coisas a que não teriam acesso sem a internet, por exemplo, mas ao mesmo tempo nos podemos debater com o excesso de oferta ao nível do consumo cinematográfico: os jovens não sabem o que escolher e não estão verdadeiramente informado sobre o que passa ao lado do cinema mais publicitado, o cinema comercial.<br />É com pena que oiço as velhas vozes de gerações passadas que encaravam as conversas sobre o Cinema numa base geral, que afirmam que se tomavam por bíblias certos livros que falavam sobre cinema e eram lindos por todos, sem excepção, que toda a gente tinha visto este ou aquele filme de autor, hoje considerados de culto, de consumo cinéfilo.<br /><br />Penso por vezes no estado do Cinema actual, ao nível das possibilidades de hoje e do seu rumo efectivo e não chego a nenhuma conclusão. Existem certas tendências nos vários campos artísticos, mas nada de reconhecível e sustentável, nada que projecte um rumo reconhecível ou um sentido massivamente considerado.<br />Pós-Modernidade, Alter-modernidade?<br />O que é, o que somos, afinal? Pode ser que hoje se estejam a lançar as pontas basilares e só daqui a uns anos, num estado histórico, se reconheça a lógica concreta do movimento e dos séculos. Ou estaremos condenados ao caos geral, à falta sufocante do rumo, à caminhada indívidua preconizada nas instituições mentais do indíviduo, subvertido aos valores gerais do sucesso, da realização e do lucro.<br />Fora das noções sociológicas à priori, volto de novo à produção de Cinema e às palavras de Pedro Costa que por cá postaste: apesar de a hadycam estar hoje acessível a todos, o que aumenta a possibilidade de produção, há esta necessidade da organização e da união, de fusão de talentos e da distribuição dos cargos, um trabalho comum das ideias para uma produção comum, comunitária. A formação de núcleos uníssonos, ideologicamente sustentados e indiscutivelmente amigáveis parece-me a única forma de resolução deste problema social da produção independente actual.<br />Quanto aos rumos, se os achaste ao longo desta abordagem insistente que em pensamentos e palavras, prolongas (e, com certeza, deixas de prolongar) por aqui, neste blog tão informativo, que mas estendas para maior clareza e menor deambulação vã.<br /><br />Desculpa-me o prolongamento.<br />Parece que estar de casa em férias, sozinha por opção e em tempos de conversas com gatos, o diálogo tem-me feito falta.<br /><br /> Um sorriso.DoxDoxDoxhttps://www.blogger.com/profile/16088824673419402162noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-194410548168898696.post-11184741458129981242009-08-16T11:18:22.498+01:002009-08-16T11:18:22.498+01:00De nada! =)
Concordo com Kelly, a tremenda figura...De nada! =)<br /><br />Concordo com Kelly, a tremenda figura, fotogenia divina, perfeição sem par. Já lhe devo ter dedicado poesias ao esplendor, é-me incansável.<br />Quanto ao livro que lhes saiu da conversa, Truffaut e Hitchcock, é uma obra incomparável sobre o soberano do suspense. Se "Monsieur Hitchcock", em pose de mestre se retia numa arrogância afamada, depressa se descompunha por atrevidas, oportunas, curiosas, estudadas e sábias questões de Truffaut, o óptimo aluno daquele e de outros mestres.<br />E um óptimo realizador, também ele, como se veria uns anos depois, com as notórias influências que absorve ao estilo, detalhado nesse "livro de receitas", mas tão único e embuído nos primeiros e reticentes rasgos da nova vaga.<br />E foi sempre aí que se deixou ficar, em histórias de amor encantadas, de almas ao detalhe, reais, com sinceridade e sem exuberância.DoxDoxDoxhttps://www.blogger.com/profile/16088824673419402162noreply@blogger.com