quarta-feira, 12 de março de 2008

Excrescência (a arrogância de um bronco)

É no mínimo mais do que lamentável um post como este. Sobre objectos filmicos sobrevalorizados, tal escriba decidiu meter-se com nomes tão fundamentais, mais, revolucionários para a história do cinema e da evolução das suas formas como Jean Vigo, Bresson, Truffaut ou Mallik.

Sem nada mais justificar, atira para o ar assim uma bomba, sem mais, simplesmente, sem dar qualquer ponto de vista próprio, sem uma justificação plausível - zero.
Apoia-se em algo que ele depois definiria como: “exercício radicalmente subjectivo”, uma palhaçada, que para mim descodificada é isto: o escriba, de cinema, pouco percebe, não leu, no minimizo Deleuze, Daney, Mourlet, etc…viu aquelas jóias pirateadas, não sabe os fundamentos do cinema moderno, e para o bloguezinho não estar parado decidiu escrever a primeira merda que se lembrou.

Meu amigo: subjectiviza á vontade com o Ridley Scott ou com o Bay, agora cuidadinho quando te metes na História do cinema pois ela é um mundo autónomo.

Ou como diz Bénard da Costa: “Sem Vigo, esse génio, não haveria Godard”; ou “Malick é o maior realizador contemporâneo, o cúmulo do lirismo” (cito de côr).
Sobre o filme do Bresson diz Godard que "por lá passa o mundo todo" – Bresson, o homem que redefiniu o cinematógrafo.
Quanto ao filme do Truffaut todos sabemos o que revolucionou, e sem este e o do Godard, o cinema americano dos 70´s não teria sido o que foi.

Desceu a um ponto que até mesmo Straub (mas esse têm direito), quando está a ironizar ao máximo e ninguém percebe, nunca se lembrou, ou seja, quando ele ataca Spielberg, dá logo um motivo, e faz pensar, aí se faz.

O Daniel Pereira escreveu um grande texto sobre o Blood Meridian e a possibilidade de o Scott o realizar, e caiu o Carmo e a Trindade, com respostas monumentais (em tamanho, pois em conteúdo o meu primo de 10 anos sabe mais).

Sobre Bresson, Truffaut, Mallick nem uma linha justificativa, apoiam-se no mais simplista dos exercícios, o subjectivo, que é o mesmo que fugir com o rabo á seringa.

E se assim se pode ser subjectivo também eu o vou ser: este escriba é medonho e não sabe nada de cinema, não leiam.

Não há ninguém que o cale?

P.S: ainda por cima não aceitam os comments, a censura censura lá diz o Sam the Kid.

3 comentários:

  1. Já deixei comentário no post do CINECLAQUETE, mas não foi aceite por isso tenho que recorrer a este espaço.

    Filme Sobrevalorizados? o que é isso? Para quê tanta argumentação... para se defender atrás da subjectividade?
    Para depois não encontrar "valor artístico" nos filmes referidos... isso não é subjectividade é algo bem mais grave.

    É que ao colocar unicamente os filmes, não defendendo o "pensamento" (?), tal post só se pode entender como uma piada, porque razão é que a sobrevalorização é defendida por uma só pessoa e ainda mais defendida por uma só imagem e um título?

    E sinceramente não levar o cinema como um processo de evolução histórica, é ignorar a evolução da forma, da linguagem, do pensamento e dos interesses desta arte tão recente. É meio caminho para a castração de um pensamento.

    cumprimentos

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  2. Assino por baixo,

    E num país onde se fazem coisas destas, onde não se exige pensamento, antes a subjectividade da treta:

    Também eu quero ser marroquino

    Cumprimentos

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  3. De tantos que podia ter escolhido sinceramente...
    E gasta vinte e dois mil posts a defender a honra de Ridley Scott, mas depois para destruir o cinema coloca 5 imagens bonitas e toma la que eu é que sei.
    Quanta a censura é uma prova clara de pretensiosismo intelectual, com medo de cair do pedestal não deixa mais ninguem ver as verdades que lhe dizem.

    Continua , Zé.

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