Não posso com melodramas, confesso, ou melhor, nunca fui á bola…enfim, acho que devo ultrapassar isto e dar-lhe de novo.
É que mesmo Sirk ou Daves nunca me puxaram, mesmo o Ray (um dos meus heróis) e o seu Party Girl sempre me pareceu filme de menina (ironia.). Isto pois para mim o monumental Bigger than Liffe sempre foi um Drama sem Melo.
Assistindo a Angst Essen Seele Auf, o R.W Fassbinder de 1974, filme todo ele melodramático, barroco, quente, vermelho e excessivo, mas ao mesmo tempo tão despojado e simples, a coisa parece começar a mudar e a ser possível – gostar deste tipo de filmes.
A peça em questão é como se sabe história singular, um pouco patética (não são todos os melodramas?) entre uma senhora alemã e um árabe – os encontros e desencontros, a reversibilidade de todas as relações, anti-maniqueismos, etc…Magnifico.
E são estas peças que fazem com que pareça que o melodrama tenha mesmo finalizado com o Alemão, mesmo os filmes, por mais que goste, de Almodôvar a João Pedro Rodrigues não passam de gestos e falsa mecânica, anacrónicos e sem chama. Haynes será o único que ainda faz acreditar.
Em marcha…
Passaram mais de dois anos. Por curiosidade, como vai a relação com o melodrama agora?
ResponderEliminar(Ass: o tipo do (L)Imitação de vida)