quinta-feira, 24 de abril de 2008

Fear City - realidades



Descontando as obras absolutas de 90 e 92 (mesmo assim…) é porventura em Fear City, 1984, que a vertente da ”realidade” do cinema de Ferrara atinge um cume. Por dois lados: o lado da velha tradição Baziniana – Abel acredita na realidade (a maneira suja, feia e sem enfeites com que filma a sua cidade), neo-realismo é mesma a palavra certa para este lado.
Mas depois há uma pulsão destruidora, que no seu cinema se poderá iconizar na personagem de Keitel em Bad Lieutenant – meios e corpos captados com impulsos, com raiva, com fúria e sangue…
Ferrara é o cineasta da crueldade do presente.

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