sábado, 26 de abril de 2008

não consigo…


…gostar de La Strada. Deixa-me frio, gelado, nem sequer admiro á distância, que é como eu costumo admirar Fellini.
Sim, é intimista, filme de metáforas, percursos, cortes e descobrimentos, final emocionante e tocante. Mas tudo parece que se passa mais da parte de trás do quadro, ou nas bordas, do que em primeiro plano, nas personagens, na carne e nas expressões. E isto num filme em que as farsas e grandezas do circo estão constantemente dialéctizadas com o movimento da vida.
Não consigo mesmo – nas tangentes surrealistas e mágicas em que se poderá aproximar o cinema de Fellini e o do Bunuel, amo o do espanhol, admiro o do italiano.

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