- Nunca Paris foi assim maravilhosamente filmada, mesmo que tudo seja dentro, o fora estende-se até aos infinitos, beleza arrebatadora.
- Monumental plasticidade da mise en scene, de uma claridade e de um brilho que vale por ele mesmo e que entra em dialéctica constante com as personagens.
- O mesmo efeito circulante da Magnólia de P.T Anderson, tudo está mal e a redenção é essencial.
- À pulsão e à raiva de Anderson, a sabedoria de mestre de Resnais.
- A voz off que tudo ordenava na Magnólia é aqui dada pela neve (e nunca houve uma assim) como negativo de todas as vibrações e ocorrências.
- Cores e consição/princípio de mise en scene/serenidade que aglutinam as personagens e os espaços – ou seja, elisão da evidência do mosaico.
- Escalas que subtilmente se encarregam de revelar e demonstrar vontades, segredos, pulsões…
- Reversibilidades e ambiguidades extraordinárias de todas as evidências à priori do painel e da malaise que se funde.
- Transparências, de todos os vidros, por exemplo, como separadores ou aproximadores de toda uma voracidade interiorizada.
- Eric Gautier - melhor director de fotografia do mundo.
- Christophe Honoré conseguiu iludir-me, mas este filme mostrou-me a verdade: já não é possível, os seus Trompe d'oil são pura inocência de criancinha fascinada, há mais Demy neste filme de que em todas as cançonetas dos seus filmes.
Em Portugal Couers foi chamado de Petardo?
ResponderEliminarNo Brasil usaram o nome da peça que o gerou... Medos Privados em Lugares Públicos.
O que seria Petardo? Nos dicionários aqui constam como um engenho explosivo, uma bomba...um chute forte.
não, Coeurs foi chamado de Coração.
ResponderEliminarPetardo é poética minha...
Cumprimentos!