Coincidência incrível. Conhecia de ponta a ponta toda a obra de Truffaut (curtas e longas metragens), excepto metade de La Mariée était en noir – na altura tive que sair a meio, não me lembro o motivo.
Ora é o filme que hoje o Público, em parceria com a Cahiers du Cinema oferece. Outra coincidência fantástica: o prefácio é escrito por Leonor Silveira – A Deusa.
E ainda por cima escreve aquilo que eu sempre pensei; o filme pouco têm a ver com os mecanismos e pulsões de Hitchcok, ou seja, é obvio que é o mundo do cinema e a sua paixão pessoal que emerge, de toda a série b americana, até aos romances que Truffaut tanto lia, uma imensidão!
Já agora, para mim, o ultimo plano do filme é talvez o mais corajoso e forte da sua carreira. Todo o visível no invisível. Todo o dentro no fora.
Engraçado.
ResponderEliminarAcho La marié um filme menor dele, mas esse plano final
( com o grito ao fundo, se bem me lembro)me marcou muito também, como algo bem anti-hitchcockiano, como se a história daquele fantasma ( Moreau é um fantasma, uma pulsão de morte materializada), tivesse de se encerrar com uma suspensão, uma intromissão do Nada no plano, a representação do irrepresentável no filme ( a pulsão, como vc bem diz).
Outra coisa é que o filme tem muitos poucos planos de detalhe
(se bem me lembro, vi e não revi), o que é uma coisa tb bem anti-hitchcockiana. A rever.