sábado, 26 de julho de 2008

MINNELLI

…até se pode dizer que esta é a característica dos musicais, ok. Mas o que mais me esmaga em Brigadoon – em Minnelli, mas aqui mais do que em todos – é aquele ponto em que se manda lixar a narrativa e se entra em delírio, em êxtase, em perdição. A dança dentro da dança, a loucura e a liberdade absoluta.
Ou seja, o sonho – que já agora é o centro deste monumental filme, e o centro de toda a obra de Vicente Minnelli – como matéria palpável.

E se o poder mais encantatório deste género fosse, precisamente, mandar à merda a narrativa e entrar na fantasia pura?

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