sábado, 3 de janeiro de 2009

Dois motivos para eu ter ido ver “Yes Man”: 1) Jim Carrey, um dos grandes actores do mundo – certamente um dos meus favoritos – e também um dos mais lamentavelmente subaproveitados. Ponham-no num “Man on the Moon” e é uma pérola garantida. 2) Zooey Deschanel, a minha grande descoberta recente, senhora de uma graça retumbante. Quanto ao realizador, Peyton Reed, tinha visto uma coisa lá para trás e não tinha achado piada nenhuma.

Jim mais uma vez está perfeitamente genial, de um timing e de uma inteligência cómica notável, e, importante nestes tempos, alguém onde é possível sentir um caloroso humanismo, sentir um ser humano, sem resquício de marioneta. Mas, surpresa, há Carrey em topo de forma mas também há filme, que se aguenta facilmente nas canetas. Claro que o argumento não é pródigo em rasgos, claro que existem situações bastante convencionais, um arranjo para que tudo cole certo, etc. Mas tudo é de uma simplicidade e de uma humildade que só dá para admirar. Isso e uma elegância de planos e de montagem – sem a entropia habitual – que cria o espaço necessário para Carrey partir convenções de base e arrancar uma peça cómica que não apetece deitar fora. Zooey Deschanel é neste momento a maior.

* atenção a Terence Stamp.

Sem comentários:

Enviar um comentário