sexta-feira, 25 de setembro de 2009
É certo que “District 9“está bem feito, é sujo, razoavelmente visceral e não faz do seu todo e dos seus recursos técnicos um catálogo das últimas modas, do que está a dar, em suma, não parece querer vender o peixe habitual que estes filmes normalmente vendem. Mas não dá, por mim não compro, continua a ser muita a dor de cabeça sentida durante a projecção, num tipo de dispersão que em vez de sufocar e nos dar uma experiência apenas nos faz estar quase sempre a tentar juntar estilhaços da imensa desordem e de algo que vezes demais dá ideia de estar a ser conduzido em piloto automático – cada imagem e cada som têm que ser algo precioso e indispensável, não há outra forma de fazer cinema. Quanto à sátira e às metáforas acho que o filme só arranha e é pueril, ou então é o fantasma de Verhoeven e do fabuloso “Starship Troopers” a interpor-se constantemente no festival do filme de Neill Blomkamp.
Lá esta, pisca um olho aqui e ali tecnicamente interessante e só. A mensagem politico-social escapa-se por entre os dedos o que é pena.
ResponderEliminarRealmente pensando em Starship Trooppers está a uma certa distância.
abç
"e do fabuloso “Starship Troopers”"
ResponderEliminarFabuloso e injustamente esquecido
O District 9 não tem qualquer assunto político. Serve tanto o apertheid como serviria as favelas do Rio ou o bidonville parisiense. Formalmente muito confuso. Salva-se a não tão nova aliança homem-alien, como as que já se havia visto antes (homem-máquina, homem-animal, etc). A tecnologia também, mas sobre isto o que dizer? Que os et´s estão muito bem desenhados e muito definidos? Enfim.
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