segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

“Mantenho, como Glauber Rocha, que o cinema é justamente feito para os operários e os camponeses, que responde à sua necessidade vital. O cinema vai buscar a sua força à experiência quotidiana dos camponeses e dos operários, ao passo que os intelectuais não têm experiência nenhuma, é preciso que se saiba que eles nem sequer vivem. É por isso que os filmes não significam nada para eles, quando é nos filmes que outros encontram aquilo que os preocupa e têm de superar, dia após dia.”

Jean-Marie Straub

7 comentários:

  1. E um excelente ensaio de Nicole Brenez em torno de Rocha, Straub e Costa.

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  2. Onde encontra-se (de preferência traduzido em português) esse ensaio do Nicole Brenez?

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  3. sim sim, "roubado" do ensaio da NB. A senhora não escreve só sobre Ferrara, cuidadinho, eheh..

    KK: "Cem Mil Cigarros - Os Filmes de Pedro Costa", coordenação do Ricardo Matos Cabo. É qualquer coisa que tem que ser lido, acima de tudo os textos do J.B.C e do Gorin. E outros, vá lá...

    Compras aqui:

    http://www.orfeunegro.org/cem.php?op=8

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  4. O do Andy Rector. Como me esqueçi...é das coisas mais monumentais (no sentido literal) e inteligentes que já li.

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  5. Está bem traduzido para português na monografia de Ricardo Matos Cabo sobre a obra de Pedro Costa, Cem Mil Cigarros.
    Este ensaio da Nicole Brenez, focado em torno do filme "Onde Jaz o Teu Sorriso", chama-se "Toda a Nova Arte Poderia Ser Qualificada de Montagem", e parece-me importantíssimo por uma variedade de apontamentos e contextualizações ideológicas, fortemente assentes em longas citações dos chamados "cineastas materialistas", como esta.
    O seu cariz de salvaguarda teórica do cinema é verdadeiramente raro e sublime, e ainda maravilhosamente articulado.
    Aconselho vivamente.

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  6. (por uma questão de minutos, o José adiantou-se.)

    Pois, já dois indicadores apontados. Efectivamente, há vários textos de um valor extraordinário neste volume, e reforço exactamente os já citados de Andy Rector, e Gorin, verdadeiramente espantosos, cada qual à sua medida.

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  7. Pequena ode particular ao Andy Rector, e à maravilha "monumental" (que óptimo adjectivo) que ali soube compôr. Um texto ímpar, de uma entrega, dedicação e luminosidade imensas perante a obra do Pedro Costa. Digo brilhante, para lá de todas as palavras que me faltam.

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