“Mantenho, como Glauber Rocha, que o cinema é justamente feito para os operários e os camponeses, que responde à sua necessidade vital. O cinema vai buscar a sua força à experiência quotidiana dos camponeses e dos operários, ao passo que os intelectuais não têm experiência nenhuma, é preciso que se saiba que eles nem sequer vivem. É por isso que os filmes não significam nada para eles, quando é nos filmes que outros encontram aquilo que os preocupa e têm de superar, dia após dia.”
Jean-Marie Straub
E um excelente ensaio de Nicole Brenez em torno de Rocha, Straub e Costa.
ResponderEliminarOnde encontra-se (de preferência traduzido em português) esse ensaio do Nicole Brenez?
ResponderEliminarsim sim, "roubado" do ensaio da NB. A senhora não escreve só sobre Ferrara, cuidadinho, eheh..
ResponderEliminarKK: "Cem Mil Cigarros - Os Filmes de Pedro Costa", coordenação do Ricardo Matos Cabo. É qualquer coisa que tem que ser lido, acima de tudo os textos do J.B.C e do Gorin. E outros, vá lá...
Compras aqui:
http://www.orfeunegro.org/cem.php?op=8
O do Andy Rector. Como me esqueçi...é das coisas mais monumentais (no sentido literal) e inteligentes que já li.
ResponderEliminarEstá bem traduzido para português na monografia de Ricardo Matos Cabo sobre a obra de Pedro Costa, Cem Mil Cigarros.
ResponderEliminarEste ensaio da Nicole Brenez, focado em torno do filme "Onde Jaz o Teu Sorriso", chama-se "Toda a Nova Arte Poderia Ser Qualificada de Montagem", e parece-me importantíssimo por uma variedade de apontamentos e contextualizações ideológicas, fortemente assentes em longas citações dos chamados "cineastas materialistas", como esta.
O seu cariz de salvaguarda teórica do cinema é verdadeiramente raro e sublime, e ainda maravilhosamente articulado.
Aconselho vivamente.
(por uma questão de minutos, o José adiantou-se.)
ResponderEliminarPois, já dois indicadores apontados. Efectivamente, há vários textos de um valor extraordinário neste volume, e reforço exactamente os já citados de Andy Rector, e Gorin, verdadeiramente espantosos, cada qual à sua medida.
Pequena ode particular ao Andy Rector, e à maravilha "monumental" (que óptimo adjectivo) que ali soube compôr. Um texto ímpar, de uma entrega, dedicação e luminosidade imensas perante a obra do Pedro Costa. Digo brilhante, para lá de todas as palavras que me faltam.
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