domingo, 12 de dezembro de 2010

"Tenho o mau hábito de não ser pontual, mas eu próprio não supunha chegar tão atrasado. Peço desculpa e agradeço a vossa paciência, sobretudo aos actores e aos técnicos que trabalharam no filme e esperaram por ele durante estes 12 anos.


Muita coisa se passou no Mundo. E no cinema também. Por isso o filme possa parecer anacrónico. Mas para mim sempre foi importante vê-lo acabado e finalmente poder ser visto. Aqui está, tal como foi possível.

Poderia escrever muita coisa sobre todo o processo, mas melhor ou pior, já são coisas conhecidas e hoje, a poucas horas da sua exibição pública, confesso o meu cansaço e não vou escrever muito mais.

Muito obrigado a todos os que acreditaram neste XAVIER - "There was a naughty boy...".

E ficai com um poema, para beber com um whisky. Se possível com 12 anos".


Manuel Mozos



PRÍNCIPE DA AQUITANIA, EN SU TORRE ABOLIDA

Una clara conciencia de lo que ai perdido,

Es lo que le consuela. Se levanta

Cada mañana a fallecer, discurre por estancias

En donde sordamente duele el tiempo

Que se detuvo, la herida mal cerrada.

Dura en ningún lugar este otro mundo,

Y vuelve por la noche en las paradas

Del sueño fatigoso... Reino suyo

Dorado, cuántas veces

Por él pregunta en la mitad del dia,

Con el temor de olvidar algo!

Las horas, largo viaje desabrido.

La historia es un instante preferido,

Un tesoro en imágenes, que él guarda

Para su necesaria consulta con la muerte.

Y el final de la historia es esta pausa.


(Jaime Gil de Biedma)

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