quinta-feira, 17 de abril de 2014

 
 
Henry King ilumina “The Winning of Barbara Worth” com um céu total de ebulescência e divindade. Logo depois há enterros, secas, vendavais. E haverá enxurradas, inundações há maneira do Génesis, o mundo a bailar. Composições equilibradas e instabilidades perpétuas. Cada quadro harmoniza ou atropela o próximo ou o distante conforme a sua essência. A renovação e seguimento ternurento da raça. E o demónio do outro lado do espectro. Retrocessos. Homens entre uma só mulher. Heranças. Fardos. Mal do ouro. Ambiguidade do progresso – como a tortuosa ambição e sangue até despoletar o juízo final em “In Old Chicago”, o desbravamento contínuo dos conquistadores de “Captain From Castile”. Resoluções escritas nos altos. Reviravoltas a ferros tiradas. No instante grave, a União. A mistura entre a natura e o aço como “…e de tudo Deus deixou na terra”. De 1926 e com um super Cooper que já é o centro angelical que tudo, ontologicamente ou salomonicamente, enleia a azul. Da cruz inicial que ampara a intocável Mulher ao paradisíaco jardim de que saímos justamente, o maior dos consolos…essa certeza bíblica do primeiro plano que se cumpre até ao fim. Podemos estar descansados.

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