Parabéns, amigo José Lopes.
Continuamos juntos!
«O PRIMEIRO HOMEM
Era como uma árvore da terra nascida
Confundindo com o ardor da terra a sua vida,
E no vasto cantar das marés cheias
Continuava o bater das suas veias.
Criados à medida dos elementos
A alma e os sentimentos
Em si não eram tormentos
Mas graves, grandes, vagos,
Lagos
Reflectindo o mundo,
E o eco sem fundo
Da ascensão da terra nos espaços
Eram os impulsos do seu peito
Florindo num ritmo perfeito
Nos gestos dos seus braços.
Sophia de Mello Breyner Andresen | "Dia do mar", 52 | Edições Ática, 1947»
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