A comissão responsável pela seleção dos curtas, depois de ver 17 filmes inscritos por uma certa universidade carioca através do seu curso de cinema, decidiu pedir à organização do festival em questão para escrever uma carta para a instituição de ensino do Rio de Janeiro externando séria e humana preocupação com os rumos tomados pela escola.
A carta não seria tanto um repúdio, mas um questionamento do que poderia estar acontecendo, de soluções a serem tentadas, caminhos a ser percorridos, uma vez que nenhum dos filmes submetidos era minimamente qualificável para nada.
....suposta carta de um certo festival do brasil a uma escola.
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...um bom exemplo para o Fantasporto, as curtas de Vila de Conde e demais festivais. Assim poupavam-me certas secas e eu poderia fazer outras coisas. Ou pelo menos não misturem as "coisas" das escolas de cinema com filmes de António Ferreira ou João Pedro Rodrigues.
Objectos como "Percepção Liquida", "A Noiva" ou "Words and Thoughts in RGB " não deviam passar além das portas das respectivas escolas.
Mais uma vez a raiva ácida deita por terra qualquer amostra de boas intenções, e vem impedir a minha concordância. Falando pelo 'Words and Thoughts in RGB', não pelos outros, friso o seguinte:
ResponderEliminar1. Antes de ter ido ao festival de Vila do Conde o meu filme já tinha sido premiado num outro festival, como nada mais nada menos que o Prémio do Júri (Ovarvídeo 2005). E antes que te ponhas com as tuas típicas paranóias: nem o Costa e Silva, nem o Miguel Santos, etc. faziam parte desse júri.
2a. O filme passou discretamente em Vila do Conde no que à crítica diz respeito. Nem outra coisa seria de esperar visto ser um trabalho de especialidade: nunca pretendi fazer Cinema com esse trabalho, pretendi sim fazer um pequeno filme didático ao estilo dos Eames. Só isso.
2b. Todavia, foi em Vila do Conde que me foi oferecido um contrato de distribuição. Ou seja, se alguém de fora da escola acha que pode fazer dinheiro com o meu filme (e por mais azeiteiro que fosse), merece a saída de portas, não? Eu cá preciso do dinheiro - dá jeito.
3. Depois disso ganhou mais três prémios em festivais nacionais (FEST, ACERT/Tondela e Arouca) e foi seleccionado para festivais internacionais.
4. Estou neste momento a trabalhar num 'remake' alargado a pedido da Universidade de Coimbra (a rodagem muito adiada começa finalmente ainda este mês), porque o filme encontrou um lar na exposição permanente do Museu da Ciência dessa cidade. Olha se tivesse ficado dentro de portas...
Portanto, não confundas os teu gosto pessoal com uma qualquer Verdade (que aliás não existe). E entende uma coisa, de uma vez por todas: qualquer Escola é aquilo que TU fazes dela. Por piores que sejam os profs e os colegas, cada pessoa é o maior factor decisivo na sua própria experiência da Escola. Por favor pára de atirar para os outros a culpa de quaisquer oportunidades perdidas. Isso de querer inscrever na biografia uma narrativa épica de confronto com a Escola já não está na moda há muitos anos...
Arranja uma câmara, abre uma conta no Vimeo.com e produz imagens em vez de ataques. O Cinema agradece.
não estou a atacar ninguem, é só a minha sincera opinião.
ResponderEliminarAqui em Portugal não se pode fazer isso.
E quando se destroi um filme de, por exemplo, Scorsese...
Podia ter substituido o teu filme por dezenas de outros
Cumprimentos
Eh pa, já chega... Não vale a pena. Eduardo, como dizes, cada um vê a escola como quer. Eu não a vejo com muitos bons olhos, sinceramente, mas como a vivência não se limita a este nicho junto ao Rio Douro... (o que seria de nós se assim fosse?)
ResponderEliminarParabéns pela cena de Coimbra. Quando acabares esse ´remake` não te esqueças de mostrar aqui ao pessoal.
Zé, faz um filme.
Abraço.
Luís Carneiro