segunda-feira, 27 de outubro de 2008

John Rambo est certainement le film le plus sincère et le plus honnête sur la guerre, sa représentation littérale, épurée, son paradigme. Pas de dramatisation annexe, point de lyrisme, nulle bravoure ou justification noble, culpabilité ou revanche, aucun discours moral ni valeur politique, juste un théâtre intemporel de la barbarie, une peinture de l’homme réduit à son stade animal que Stallone incarne dans sa chair boursouflée et malade.
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Le très long plan séquence clôturant John Rambo est l’un des plus beaux et à la fois l’un des plus évident, pour Stallone et le cinéma américain, pour nous tous. Il rend profondément ridicule et inutile toute tentative de discours sur les conflits actuels, ou à venir.

quem no cinema americano expõe de forma tão directa uma chacina que existe na Birmânia sem daí querer tirar mensagens demagógicas, mas porque ao mesmo tempo que é background de consciência política, é background para uma personagem.
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Assim: depois de muito tempo desaparecido, Rambo regressa a casa. "Que casa é esta?" é questão a fazer, claro, mas aí está Sylvester Stallone a continuar a encenar nos seus filmes a sua própria exclusão, o seu combate consigo próprio e a coragem de eaparecer vindo de um outro tempo. É comovente.

Ontem foi uma delas, quando vi John Rambo pegar nesse dispositivo militar do qual desconheço o nome. O que se seguiu foram dez minutos de transe em mode mata-me esses cabrões todos!, impulsionado por uma brutalidade e uma raiva (emocional, de montagem) que envia direitinho para o caixote do lixo objectos "realistas" e "chocantes" como o inenarrável Black Hawk Down.

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