« ... Honoré c'est une question de Tee-Shirt, pas de cinéma, chez lui rien n'est travaillé, (il n'est travaillé par rien), les références ne servent qu'à une chose, une seule, qu'elles se voient, (voir le livre de photo que l'autre feuillette au tout début de "ma mère"), dans "Dans Paris" c'était exactement la même chose, jamais il n'y avait composition d'un plan, d'une image, chez lui pourrait-on dire il s’agit toujours de quelque chose de l’ordre de la reconnaissante des signes, jamais de mise en scène, disons (je parle du dernier que je n’ai pas vu et que je ne verrai pas), chez lui il y a Demy non en tant que mémoire ou travail, (dans le sens fictionnalisation de cette mémoire), comme par exemple chez Carax ou Monteiro, mais en tant que signe connivent, signe d’appartenance, le monde en tant que tel n’est pas regardé, filmer une séquence devant le siège de campagne de Sarkosy n’est pas le monde, n’est pas filmer le monde, c’est presque écrire l’article à la place du critique, c’est publicitaire »
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É completamente certeiro, sem dúvida. Mas nem deveria ser para Honoré estas palavras, é cineasta demasiado insignificante.
Busco casos, ou seja, imitadores de imagens e signos, sem qualquer capacidade de transcendência, actualização/renovação, de rasgo, ou seja – académicos.
É curioso tentar procurar algo assim na América, país de tanta história, país tão amado pelos franceses, novo ou velho.
Penso em Fincher até ao poderoso golpe de maturidade desferido por “Zodiac”, finalmente a apropriação de um imenso talento visual a um fundo e uma estrutura que assim o pedia. Posso pensar em Woddy Allen e nas décadas que leva a fazer filmes ala Fellini, ala Bergman, ala…e, com muitos poucos fulgores.
Sam Mendes e o academismo ligado ao máximo, filmes pesados, pretensiosos, bacocos como os de Darabont, Zemeckis, Scott (o mais académico), etc, etc…
O ultimo Indiana é claramente um caso Tee-Shirt, o filme de Bradd Pitt sobre Jesse James igualmente, os pastelões de Joe Wright idem.
Já não falo dos cineastas-inteligentes: Nolan, Jonze, Aranofsky, Kaufman, etc...
Mas…é que nem na América há (mesmo nestes maus realizadores), e deste modo, um cineasta-caso como Honoré, tão vaidoso como publicitário, e…tão jovem.
Uma certa admiração deste tipo de “cineasta jovem prestigio europeu” é uma prova de que a coisa do cinematógrafo não está em bons dias, e que a nouvelle-vague ainda deixa marcas profundas a quem confundiu tudo.
E continuando a confundir, por exemplo, os filmes de Chabrol como meros produtos televisivos…é caso preocupante.
1 comentário:
Já me disseram este ano, tanto no novo Chabrol como no novo Resnais, que se tratavam de meros telefilmes com elevados graus de previsibilidade. Limito-me a ter um ataque-cardíaco e sigo o meu caminho sem sequer tentar argumentar. Pura e simplesmente não consigo, abala-me e fico de rastos.
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