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Rohmer. É hoje o mais livre, é hoje o mais sábio. Feérico, resplandecente, subversivo, punk (um dos mais fascinantes e misteriosos paradoxos deste cineasta tão clássico como moderno). Construir cada quadro – numa utilização espantosa do 1.37: 1 e das respectivas verticais – com o máximo de erudição compositiva, dos movimentos internos e das gradações cromáticas…aos mesmo tempo que é tudo mais leve e graçioso que o próprio vento, que por lá corre nas arvores e nos rios, é…é coisa que já acabou, claro.
O resto é algo fora de tempo e fora de moda, mitológico, primitivo, sobre a precariedade dessas convenções aglutinadoras, sobre amor e morte, milagres, esoterismos e transformações. Patético como um melodrama, feroz como uma
nouvelle vague.
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