quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

em 2006 foram estes...

na altura escrevi assim:

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E pronto lá tem que ser, como não havia grande coisa para fazer cá estão não os meus 5, nem 10 filmes favoritos de 2006, mas sim os 15 – como aqui e aqui.

Só tenho uma certeza irrefutável, o numero 1, de resto acho que se poderiam ir trocando entre eles conforme os dias e motivações. A partir do 5º, então, já não existe ordem...

P.S: piada de ano novo (desculpem lá, eheh): “O Kubrick comparado com o Malick é o Tom Cruise”


«Juventude em Marcha» de Pedro Costa

Bastante, mas bastante á frente de tudo o resto que assisti numa qualquer sala de cinema ao longo do ano. Isto porque reforço cada vez mais a minha ideia: nesta linhagem existiu John Ford, Yasujiro Ozu, os Straub, Monteiro e mais nada, assim de repente…Que linhagem? A do Cinema como gesto total, absoluto, nas formas, na técnica e na estética, no amor e respeito absoluto pelas imagens e pelos sons, e seja lá mais no que for…Costa dispensa qualquer retórica maniqueísta para deixar só imagens, somente sons, não imagens justas, não sons justos (Godard sempre) sim matéria “directa”, sem efeitos, sem manipulação – Carta de Amor, Filme de Amor para a sua “Família” e uma comunidade. Multiplicidade de dádivas e de milagres, não haverá gesto mais radical nas últimas décadas, tout court!

«Miami Vice» de Michael Mann

Culminar absoluto do que parece ser o paradoxo Mann: na sua reputação de perfeccionista absoluto nasce um cinema de uma liberdade e de uma agilidade espantosas. Sim é um blockbuster, um épico, mas experimentalista, de vanguarda, de alguém que mesmo jogando com imenso dinheiro prefere ir pelas vias do intimo, da iconoclastia formal, visual, etc.E sempre bastante mais que puro virtuosismo: dimensão trágica, quase melodramática, figuras em perda, de fulgores sussurrados…um filme “novo”, inédito, literalmente, e não só por causa do HD…

«Entre Inimigos» de Martin Scorsese

Parece de facto ser o cúmulo formal da arte de Scorsese, domínio completo de toda a especificidade do cinema, ainda e sempre viajando entre classicismo e modernismo, mesmo que por vezes em concepções próprias, arrojo e constante vontade de “desalinhar”, tudo ao serviço de algo que vai sempre em paroxismo, fuga para a frente em direcção á tragédia. Têm a fúria de uma carga de porrada, de um festival Punk/Rock. (eheh)

«O Novo Mundo» de Terrence Malick

Lírico e sensorial. Com uma trama e historia tão desmedida, com tanto “mundo” para onde discorrer e percorrer, Malick como que corta os fios unificadores atirando-se de cabeça ao poema intimista Homem-Mulher como berço de tudo. Tão grande mas tão pequeno e intimo.

«O Mundo» de Zhang Ke Jia

Figura de proa da 6º geração do cinema Chinês consegue introduzir na temática habitual da China em mudança uma portentosa reflexão sobre a ilusão e todo o digital, não só das máquinas, mas também dos lugares, da abolição das distancias e fisicalidades. De uma beleza serena.

«Uma História de Violência» de David Cronenberg

«A Dália Negra» de Brian de Palma

«Munique» de Steven Spielberg

«Maria Madalena» de Abel Ferrara

«O Segredo de Brokeback Mountain» de Ang Lee

«Match Point» de Woddy Allen

«Espelho Mágico» de Manoel de Oliveira

«98 Octanas» de Fernando Lopes

«Os Amantes Regulares» de Philippe Garrel


«A Comédia do Poder» de Claude Chabrol

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