
Em Cigarettes tudo girava sobre o sub-mundo dos filmes, em Piace são os filmes do Mestre Hitch a urdir a teia – narrativa e visual, visual sobretudo: visual formando narrativa.
Estão lá muitos dos segredos do mestre Americano que foram copiados até à medula, piscadelas de olho, reconhecimentos, etc…mas Dário e o seu génio não se limitam a fazer um exercício de estudante bem aplicado, nunca. Sendo sobre Hitchcock é um filme só de Argento, plenamente Argentiano.
O cartaz de um filme seu, no clube de vídeo, assim o confirma.
É um prodígio de mise-en-scene, sobretudo na maneira como joga esse jogo sedutivo e irónico de aproximação/distanciação, um filme carnal e suado – o contrário de algo televisivo.
E é como que a transposição para as imagens e sons do Cinema, do afastamento (e aqui sobre ele), do estilo e dos temas do Italiano em relação ao Americano.
Hitchcock Italiano? Todas as dúvidas desfeitas, brutal demonstração.
Sem comentários:
Enviar um comentário