quinta-feira, 16 de junho de 2011

Pergunto-me mesmo se os anos oitenta, cinematograficamente tão ocos, não tiveram como verdadeiro cinema e como heróis sedutores os Borg, Connors, McEnroe e Lendl, os únicos que souberam destilar o tempo e que deram lições de ver a uma geração inteira. Fiquei sempre surpreendido quando amigos meus ficavam surpreendidos com a minha capacidade de escrever sobre o ténis, como se lhes quisesse mal por não compreenderem que se trata absolutamente da mesma coisa que o cinema, ao menos o velho cinema, o da mise en scène, da topografia. Não era preciso empurrarem-me muito para que encontrasse passing-shots em Fritz Lang e inserts em Miroslav Mecir.


Serge Daney, Persévérance
 
Abraço, Felipe

1 comentário:

Felipe Medeiros disse...

Outro, meu caro.

Diga-me: Zumpa já está morto?

Por favor, alegre o meu dia.

Outro dia, sonhei que ele se metia em minha cama apenas com meias e uma maçã na boca. Odeio-o. Aquele sorriso débil, com certeza, atirou-me alguma maldição.