"Sobre uma lenda americana, é certo, "Sniper Americano" é também um filme feito para a América, sobre a qual renova um olhar pessimista que
vem de filmes anteriores, de praticamente toda a sua obra, em que filme
a filme tem interrogado o seu país, o seu povo, os seus valores. Que
uma lenda viva da guerra, texano e membro dos SEAL, equiparável
ao "Sargento York"/"Sergeant York", de Howard Hawks (1941), tenha um fim
diferente do deste põe imediatamente todos os americanos (e todos nós) a
pensar no que mudou desde então no país.
Se quiserem chamem crítico ao que eu chamo pessimista, mas diga-se o que se disser Clint Eastwood é um grande cineasta americano que não anda propriamente a dormir sobre os louros adquiridos, mesmo e especialmente neste filme patriótico. Consciência da culpa? Também, mas sobretudo, e correlativamente, consciência da inocência. E é mesmo por isso que este é mais um dos grandes filmes de um cineasta lendário, de quem recuso seja o testamento."
Carlos Melo Ferreira, aqui
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