Nas gigantescas salas escuras do cinema, nos cineclubes encafuados onde se fuma, em casa com a net sempre a quebrar, netfilx, My Two Thousand Movies, no portátil dum puto, filmado com o telemóvel dum puto, ficção de horas, documentário de horas, em episódios ou tudo duma assentada, 3 minutos ou 10 segundos, um fragmento sem entrada nem saída, séries, blockbusters, nos, vos, eles. Tudo é cinema.
- Cavalo Dinheiro, Pedro Costa, 2014 / Vitalina Varela, Pedro Costa, 2019
- The Master, Paul Thomas Anderson, 2012
- American Sniper, Clint Eastwood, 2014 / The Mule, Clint Eastwood, 2014
- O Estranho Caso de Angelica, Manoel de Oliveira, 2010 / Visita ou Memórias e Confissões, Manoel de Oliveira, 2015
- O.J.: Made in America, Ezra Edelman, 2016
- Wolfram, A Saliva do Lobo, Joana Torgal e Rodolfo Pimenta, 2010
- True Detective, Nic Pizzolatto (criador), 2014
- Holy Motors, Leos Carax, 2012
- E Agora? Lembra-me, Joaquim Pinto, 2013
- The Last Day of Leonard Cohen in Hydra, Mário Fernandes, 2018
- Já Visto Jamais Visto, Andrea Tonacci, 2013
- Creed, Ryan Coogler, 2015
- Ad Astra, James Gray, 2019
«Há cineastas, como há pessoas, que procedem por silogismos e assim destroem tudo e se destroem a si próprias. Há cineastas, como há pessoas, que estão para além de qualquer lógica e transfiguram tudo o que tocam em oração e oblação. Nessa delirante irracionalidade do amor, apanágio de tão raros.»
João Bénard da Costa
[Imagem: Andrea Tonacci, a melhor pessoa do mundo, em Já Visto Jamais Visto]
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