terça-feira, 30 de junho de 2009
ainda há tempo.
"Xavier", Manuel Mozos
Xavier é um filme com um idioma próprio, sonhado e feito, totalmente, nas margens das imagens dominantes (mesmo as do cinema, para já não falar das da televisão), e que parte, solitariamente, à descoberta de uma nova poética portuguesa, que não é só cinematográfica.
De tudo isso, no entanto, o que mais me fascina é essa vontade de tecer todo um filme à volta de um único protagonista, um grande, paciente e magnífico gesto de humildade, absolutamente incomum no cinema português, e que faz com que Xavier, apesar do atraso com que nos chega, mantenha, para sempre – sabemo-lo hoje – a força genuína de uma mudança, que o filme nunca deixará de ser, realmente. Foram doze anos; mas parece, apesar de tudo, que ainda há tempo.
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2 comentários:
Onde é que posso encontrar isto?
não existe em DVD; não existe na internet para baixar; ou seja, é praticamente invisivél, o que ainda reforça mais o culto. bem, passou há uns anos na televisão, alguém teria que ter gravado. Se alguém tiver uma cópia que avise. P.F.
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