O filme de Corneliu Porumboiu é isto, o trabalho e as esperas de um homem, os percursos, o tempo que passa, as dúvidas, as secas, a cabeça a ferver, o incompreensível, a perdição de quem não sabe o que fazer, a vida. O pequeno a tornar-se enorme. É a força avassaladora que uma simples câmara e um simples tripé ainda podem ter sobre o mundo e o humano, serenamente, honestamente, sem truques, ao serviço de. È a fé no fixo e no frontal. “Politist Adjectiv” é grandioso, uma daquelas coisas que retrocedendo ao máximo, reinventa ao máximo.
É capaz de fazer um bom par com o último Jarmusch, “The Limits of Control”, é certo que não possui a ironia e sentido de releitura do americano, mas no fundo vai na mesma crença, filmar tudo o que a tradição do grande género, o policial, no caso, deita para a lixeira ou não sonha sequer filmar, os supostos espaços de não cinema que a industria convencionou é a matéria destes empreendimentos. Onde tudo o resto corta é onde começa o cinema do Romeno.
sem plots. sem merdas.
2 comentários:
De la películas más sorprendentes (en el buen sentido) de los últimos años. La última escena podrá llevar al debate pero todo lo anterior es impecable, fresco y con gracia. Desde los primeros planos secuencia se siente la promesa y no decepciona.
antonio
Uma das gratas surpresas do ano.
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