quarta-feira, 29 de abril de 2009



O princípio é simples então: catapultar idéias contra experiências, observar escrupulosamente e ver o que resulta daí. A experiência é para Rohmer um pouco o que foi para Hawks: a única realidade, que nos informa onde estão o possível e o impossível, recusando o segundo, buscando esgotar o primeiro. Toda idéia que não foi experimentada- ou seja: encarnada, filmada- não existe. A mesma coisa com os personagens: para que lhes seja consentido “ver” alguma coisa, é-lhes necessário um périplo, uma iniciação, uma prova ao termo da qual eles terão merecido o que já possuíam, mas que deveria tornar-se mais interior ( devenir plus intérieur), melhor assimilado por eles.

Eric Rohmer, por Serge Daney

3 comentários:

Álvaro Martins disse...

Revi este filme ontem.
É Rohmer e está tudo dito.

Francisco Valente disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Francisco Valente disse...

Curiosamente também o vi. Gosto cada vez mais de entrar no Rohmer.