Abertura
De muito positivo, por vezes emocionante, foi a homenagem ao grande actor Max Von Sydow. De uma humildade que pode servir de exemplo aos organizadores do festival, fez um discurso lacónico e subtil: “tive no lugar certo, é muitas vezes isso o que interessa…de resto há tanta gente com talento mas que muitas vezes não consegue, ou não têm a sorte de estar no lugar certo” (cito de cor).
De resto comportou-se como se estivesse em Cannes e isso ampliou a homenagem.
A seguir viria o peditório costumeiro com um lamentável discurso de Beatriz Pacheco Pereira: mais um ano, as mesmas coisas, apesar da passadeira vermelha.
Mas pior: lançou ataque aos festivais mais pequenos – que segundo ele só aceitam cassetes e dvd – tipo, o nosso é que é o melhor e ninguém o conhece – quando poderia pôr o ponto numa programação interessante em muitos aspectos.
Lançando críticas a tudo e mais alguma coisa, só se esqueceu do principal motivo do festival: o cinema. O que disse qualquer um o dizia. E mais não digo.
1 comentário:
Sinto-me sempre um pouco dividido em relação ao discurso costumeiro do Fantasporto. Por um lado, compreendo a ladaínha dos apoios financeiros que são negados ou diminuídos, o esforço com que se continua apesar de tudo. Por outro lado, irrita-me que facilmente esse discurso resvale para o "já andamos aqui há muito tempo" como se depois do Fantas mais nada pudesse existir, o discurso de mais filmes (a programação do Fantas parece-me sempre "tudo ao molho"...) e a diminuição dos outros festivais.
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