Há muito que gostava de dizer que “Frontier Marshal”, de Allan Dwan, foi uma das coisas que mais me impressionaram em cinema. Por tudo, primeiramente porque é um apogeu da arte deste grande cineasta clássico. Poderia falar no inacreditável olhar/interesse por aquele mundo filmado, por aquele espaço que Dwan capta como o mais maravilhado dos documentaristas. Alguém que parece estar a descobrir um ofício e todas as suas possibilidades e segredos pela primeira vez. Um todo puríssimo, imaculado. É a elevação suprema da frontalidade. Poderia falar numa cena surreal em que, no velho oeste, acontece uma cirurgia (mais ficção cientifica). Mas o que mais me tocou, algo que também nunca tinha visto assim, desta forma, é a maneira como Dwan trata e nos deixa ver/sentir uma verdadeira amizade. Daquelas regidas por princípios e verdades fortes, inquebráveis. Em que um e outro se percebem com um simples olhar. Trata-se da amizade entre Wyatt Earp (Randolph Scott) e 'Doc' Halliday (Cesar Romero). Companheiros de copos, de tiros, de jogo, da vida. E mitológico, mas são absolutamente de carne e osso. É lindo.
(Período em que 'Doc' já andava a leite. Pelo menos quando as coisas corriam bem…)
(Período em que 'Doc' já andava a leite. Pelo menos quando as coisas corriam bem…)
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