sábado, 16 de janeiro de 2010

Não era preciso dizer nada, mas acho que é preciso dizer que “Tetro” é insuportavelmente “artístico”. “Arte” a mais ou “arte consciente” faz mal e é uma merda. “É o filme de um homem livre” foi o que Rossellini disse quando Chaplin estreou o seu “A King in New York”. Livre, logo de alguém que nada tem que provar a ninguém. Nada. O Coppola desta fase é precisamente o oposto e os seus dois últimos filmes são coisas meio escolares, meio afectadas, que parecem querer provar qualquer coisa de muito importante a muita gente. São balofos e maneiristas de um modo tão pretensioso e aleatorio que não dá para acreditar. A estupefacção continua…

3 comentários:

João Palhares disse...

Não desgostei do "Tetro" (é melhor que o "Youth without youth") mas este renascimento do Coppola faz-me muita confusão, estes é que são os filmes que ele queria fazer, mas não deixaram?
Curtia que o Coppola do "The Conversation", dos "Outsiders", do "Rumble Fish" e do "Apocalypse Now" voltasse...

ajkaksas disse...

Quando vi Youth without youth, veio-me à cabeça o Coppola montado num poodle e trajado de Napoleão a propagar sua genialidade.

D. disse...

Eu tive uma reacção muito semelhante à sua. Em Tetro o desempenho de Vincent Gallo é, como sempre, sofrível...

O que me espanta é que ambos os filmes tenham feito capa nos Cahiers du Cinéma. Inexplicável.

Parabéns pelo blog!
Saudações,
Daniel