"We Own the Night", James Gray
"Coeurs", Alain Resnais
"No Country for Old Men", Joel Coen, Ethan Coen
"Les Amours d'Astrée et de Céladon", Eric Rohmer
Que dizer? que James Gray é um dos maiores cineastas americanos tout court; Ford + Visconti; parábola cristã + filme de terror; cineasta dos silêncios e da fatalidade; ou então que o filme do Resnais é tão bom como qualquer outro dos seus; mise-en-scène do coração, objecto raro; Os Coen? extraordinária explosão de violência, mas não uma violência qualquer, sim uma violência dolorosa, letal, aquela que faz muito mal, que magoa, que nos faz cheirar estes novos tempos e estes novos humanos. Catarse necessária. Além do mais, o filme americano mais bem filmado dos últimos anos, movimentos estonteantes entre o western e o thriller, tudo dito. Rohmer mostra que é possível ser absolutamente diferente de tudo e, finalmente, tão próximo de memórias que já não julgava possível. Do cinema e da infância. Qualquer um me fez voltar a acreditar, Gray e Rohmer de maneira eufórica.
*estreados comercialmente.
1 comentário:
tenho que garantir que acredito na sobrevalorização de we own the night, no entanto seria um sacrilégio dizer que não é um excelente filme, agora, em meu ver há coisas bem melhores, no que diz respeito aos outros concordo perfeitamente, Resnais é ele mesmo e tudo mais, Rohmer é a perfeição singela, os Coen fazem um filme com uma atmosfera asfixiante e com um gosto pervertido pela morte/violência e Gomes faz a mais original obra do cinema português que eu me lembro de ver nos últimos tempos.
Enviar um comentário