Pqp. Foi um choque a primeira vez que vi “The Big Knife” de Robert Aldrich. Porquê? Porque tinha visto “Kiss me Deadly”, visto muito filme noir, lido muito livro sobre filmes noir (onde tal filme aparece sempre em destaque), e finalmente porque nestes casos tenho sempre ideias pré-concebidas (quase sempre estúpidas), etc…logo pensei que seria algo nos limites da estilização, muita porrada, muitas armas, erotismo, erotismo, erotismo, muita cigarrada e muito contra-luz, cenários estranhos, essas coisas…E então? Então que me parece absolutamente um filme de Bergman ou de Fassbinder, quase todo numa casa que funciona como um palco. Aliás, não andará muito longe daqueles petardos em que o espaço teatral, a palavra e os sentimentos se fazem matéria portentosa de cinema, daquelas peças de câmara que dois dos maiores metteurs que o cinema já conheceu praticaram como ninguém.
É o que dá esperar uma coisa e levar com outra na tromba. Um estalo.
*Jack Palance genial. Ida Lupino igualmente. Mas isso…
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