E nele as restantes fabulosas personagens deste maldito e estranhíssimo trio: o cirurgião interpretado por Pierre Brasseur e a enfermeira manhosa e de cara falsa edificada por Alida Valli.
A cena do recorte da cara é algo para além do suportável, mas, como no resto, Franju nunca desce na facilidade gráfica obscena, há uma poética do horror que não é daqui, que aconteceu mas que jamais será possível.
Sem isto Tim Burton não teria existido, e toda a iconografia do género seria hoje diferente.
E aqueles animais, não a matilha de cães, mas sim os ruídos off, de que mundo participam?
Mas Franju é muito mais do que isso. Já lá chegarei.
1 comentário:
coincidentemente vi esse filme há alguns dias, pela primeira vez - sem nunca ter ouvido falar ou conhecer nada do diretor.
"poética do horror" diz muita coisa. e eu acho muito curioso e bonito o fato de você sempre tratar o virtuosismo no cinema praticamente como algo metafísico (quando diz "não é daqui"). acredito piamente nisso...pra mim, as coisas realmente vem lá do alto. ou do alto dentro de quem acredita no Alto.
abraço's
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