(…) uma moral da criação: se nenhum filme de Truffaut pode ser considerado uma obra-prima, isso deve-se, antes de mais, ao facto de esta categoria ser alheia a um trabalho que fugia, deliberadamente, à perfeição e preferia a vida, a sua oscilação, as suas imperfeições.* Uma procura de vitalidade, de intensidade, cuja consequência assumida é uma determinada desigualdade estética, uma mistura de fulgurâncias e de falta de tacto, conferindo um aspecto único aos seus melhores filmes.
Cyril Neyrat
* Antes da rodagem de “A Sereia do Mississípi”, ele prevenira Catherine Deneuve: “Está fora de questão pensar que vamos fazer uma obra-prima. Tentaremos fazer um filme vivo.”
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