Em Les Dames du Bois de Boulogne, aquela cena, logo no inicio, em que Agnès (Élina Labourdette) dança sensualmente para os seus admiradores. Lembrei-me que poderia funcionar como essência da arte de Robert Bresson. Algo que se pudesse mostrar a quem nada dele conhece.
Temos o distanciamento, a depuração e a frontalidade, o minimalismo em surdina, etc. E lá atrás, nos fundos da imagem, está como que a limpeza exercida. Quase vislumbramos o musical americano e a excitação Minnelliana (por exemplo), mas Bresson dá-nos sempre o contra campo, e o que temos é, como sempre, a arte de nada mostrar e de tudo ver mais claramente.
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