terça-feira, 28 de outubro de 2008

Por respeito à verdade vale recordar que não desprezo Oliver Stone. Gosto muito de "J.F.K" e "W.T.C". Filmes com um ponto de vista, complexos, dramaturgicamente bastante fortes. Por isso é que este “W.” me parece um tremendo equívoco, gesto estéril e finalmente académico. Tenho a convicção de que esta simplificação, manipulação e demagogia não anda muito longe dos produtos perfeitamente horrendos e criminosos de Michael Moore, embora nunca chegue aos níveis de Moore, o inenarrável Moore. Tudo soa a falso e a gesto sem rumo. Não estamos na sátira, não temos gesto radical que divida, temos as meias tintas normalmente televisivas. E depois nem é o Stone fogoso, convicto e implacável de "J.F.K", nem aquele inteligente, metafórico e atento ao humano de "W.T.C" Limita-se a manipular bonecos em perfeito mimetismo e a ser formalmente desprovido e confuso.

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