quinta-feira, 9 de outubro de 2008
O filme de amanhã será ainda mais pessoal que um romance, será individual e autobiográfico como uma confissão ou um diário. Os jovens cineastas exprimir-se-ão na primeira pessoa e contar-nos-ão o que lhes aconteceu: poderá ser a história do seu primeiro amor ou do mais recente, a sua tomada de consciência política, a história de uma viagem, uma doença, o seu serviço militar, o seu casamento, as suas últimas férias, e isso de certeza que agradará porque será verdadeiro e novo. (...) O filme de amanhã não será realizado por funcionários da câmara mas por artistas para quem a rodagem de um filme constitui uma aventura formidável e exaltante. O filme de amanhã assemelhar-se-à aquele que o filmou e o número de espectadores será proporcional ao número de amigos do cineasta. O filme de amanhã será um acto de amor.
François, 1957
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