quinta-feira, 8 de maio de 2008

Na Fnac estava a passar o blu ray dessa excrescência chamada Blade Runner, e…tive que me rir. Já não é filme, já nem há sujidade, não estão lá os tão propalados poros – é plástico puro, é imagem de enfeite, é pior e mais “bonito” que os anúncios dos telemóveis. Pelo menos a vhs a que eu assisti há alguns anos atrás tinha a tal rugosidade. Agora é tal e qual um jogo de vídeo sofisticado…

2 comentários:

Júnior disse...

Tenho essa enervação com o digital tb, acho que todo cinéfilo vive um pouco essa sensação: um mundo excessivamente " de plástico", limpo, sem as asperezas, o grão ontológicos que pra mim foi uma das taras que me fez gostar de cinema: encontrar a realidade nua e crespa, ser violentado por ela.
A higienização fascista da experiência, que é cheia de sangue, suor e lágrimas.

José Oliveira disse...

perfeitamente, é mesmo isso: "grão ontológicos"...

querem fazer desaparecer as razões primeiras...