Flight of the Intruder de 1991é John Milius no seu melhor, o que é dizer muito, dizer sobretudo muita coisa sobre o cinema Americano e sobre a América. Constatar que foi até à presente data a sua última longa-metragem, é um crime tão grande como confundi-lo, somente, como o homem que escreveu Apocalipse Now para Coppola. Por isso é que ao longo do filme me lembrei várias vezes do nome de Joe Dante– outro grande americano esquecido, a fazer coisas para televisão, em vez de se aplicar no cinema. Isto é uma merda, é corrupção. Homecoming têm o mesmo poder de fogo que Flight of the Intruder.
Filmes que desferem golpes potentes e sanguinários ao “espectáculo da guerra”, ás falsidades e mentiras, ao baile de máscaras e ás reversibilidades. Tudo tão azedo que dói, dói bastante.
Milius é mais realista, Dante é metafórico, ambos são tremendamente irónicos. Os seus filmes contêm internamente a explicação porque eles estão – comparados com os Bays e Scott´s – arrumados.
Flight é um prodígio de denúncia amarga e violenta em tom de divertimento sofisticado, pois, ao mesmo tempo que as tomadas de vista e a montagem é algo prodigioso, paralelamente é o mais político e brutal filme de denúncia. Sem nunca ser literal, excessivo, frontal.
É também, evidentemente, uma critica a muito cinema americano e ao seu simplista sentido de lazer e pacificação: é o anti Top Gun, o anti Pearl Harbor…é também anti videogames ou reportagem televisiva, é tudo isto e por ai fora…
São estas coisas que tornam Milius um mestre, como Dante ou outros que com certeza me estou a esquecer.
Filmes que desferem golpes potentes e sanguinários ao “espectáculo da guerra”, ás falsidades e mentiras, ao baile de máscaras e ás reversibilidades. Tudo tão azedo que dói, dói bastante.
Milius é mais realista, Dante é metafórico, ambos são tremendamente irónicos. Os seus filmes contêm internamente a explicação porque eles estão – comparados com os Bays e Scott´s – arrumados.
Flight é um prodígio de denúncia amarga e violenta em tom de divertimento sofisticado, pois, ao mesmo tempo que as tomadas de vista e a montagem é algo prodigioso, paralelamente é o mais político e brutal filme de denúncia. Sem nunca ser literal, excessivo, frontal.
É também, evidentemente, uma critica a muito cinema americano e ao seu simplista sentido de lazer e pacificação: é o anti Top Gun, o anti Pearl Harbor…é também anti videogames ou reportagem televisiva, é tudo isto e por ai fora…
São estas coisas que tornam Milius um mestre, como Dante ou outros que com certeza me estou a esquecer.
Sem comentários:
Enviar um comentário