Jean-Luc Godard
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São esses os momentos geniais de um filme moderadamente académico, tudo no lugar, mais do que clássico.
É onde tudo está, no rosto de Taylor e de Clift que no filme se comem literalmente, como afirmou Bazin.
Nos longuíssimos encadeados, em momentos perfeitos – como em Ray – na tortura do rosto de Clift onde tudo se joga, a dor das coisas que não vão durar muito.
Todo o filme, a partir da aparição de Taylor, está á beira da rotura, sempre em fuga para a frente – o provisório a dominar o todo, a felicidade assombrada.
É a profunda felicidade perigosa, prestes a explodir que nos amarra o filme todo.
Toda a relação que Godard fez transportam a obra do realizador para outras dimensões.
Mas os beijos, os putos dos beijos neste filme, foda-se, algo assim só em Partie de campagne de Renoir ou Notorious de Hitch…
A arte dos beijjos, há tanta gente aí que podia aprender estas coisas....
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