…certo que a história da Princesa é bem mais trágica, como trágicos e terríficos são a maior parte dos filmes de Mizoguchi.
O Capitão é coisa crepuscular, há beira da reforma, mas nunca precipitando a coisa – sempre a controlar milimetricamente o relógio – ou seja, Ford Puro.
Ambos filmes desencantados, embora a tragédia da Princesa seja bem mais aguda que os golpes de humor que existem no Capitão, aquela luta na tasca do mais fabuloso dos secundários de Ford – Ben Johnson -é para lá de hilariante.
Ambos filmes desencantados, embora a tragédia da Princesa seja bem mais aguda que os golpes de humor que existem no Capitão, aquela luta na tasca do mais fabuloso dos secundários de Ford – Ben Johnson -é para lá de hilariante.
Mas em ambos os filmes, a bela Princesa e o Capitão teimoso, estão envolvidos pelas mais inadjectivavéis cores que a história dos filmes já conheceu.
As da Princesa são mais charmosas, suaves, de acordo com a beleza do cineasta das mulheres.
As do Capitão bem mais fervilhantes, quase a queimar – é hora da retirada.
As da Princesa são mais charmosas, suaves, de acordo com a beleza do cineasta das mulheres.
As do Capitão bem mais fervilhantes, quase a queimar – é hora da retirada.
O milagre que Myzoguchi/Kôhei Sugiyama e Ford/Winton C. Hoch pintaram nunca mais se repetiu até aos dias de hoje, é coisa de antigamente.
A Princesa é a belíssima Machiko Kyô, o Capitão é o velho Wayne, evidentemente, e ambos, apesar das tragédias estiveram envolvidos na mais divina das luzes que esta arte já criou.
Para ver de olhos bem abertos e sobre o efeito de qualquer coisa bem forte.
Para ver de olhos bem abertos e sobre o efeito de qualquer coisa bem forte.
*Yôkihi (Princess Yang Kwei-fei), Kenzi Mizoguchi, 1955
*She Wore a Yellow Ribbon, John Ford, 1949
*She Wore a Yellow Ribbon, John Ford, 1949
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