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O final fica como um manifesto de saturação impossível da farsa.
È toda esta simplicidade com que Fassbinder vai entrelaçando os palcos e a função ontológica original da câmara (observando e sacando as acções e as emoções, uma realidade), em surdina, sem excessos nem gordura – apesar das esporádicas estilizações, que só estão lá para confirmar embustes – que retira mais uma vez o Melo ao Drama (tanto quanto substitui qualquer banda som pastosa, por um relato de futebol) – mesmo com o pano de fundo politico e social – e torna o percurso paradoxalmente apaixonado e cínico de Maria em algo perturbantemente apaixonante.
1979
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