sábado, 12 de abril de 2008

Man of the West


«…o plano de Mann era de uma beleza vegetal, se o posso dizer. A sua força vinha justamente de não dever nada a uma estética premeditada….
…Falei acima de beleza vegetal. O rosto amorfo de Gary Cooper pertence, em "O Homem do Oeste", ao reino mineral. È bem a prova de que Anthony Mann regressa ás verdades primeiras»
Jean-Luc Godard, 1959, in Jean-Luc Godard par Jean-Luc Godard, Cahiers du Cinema, 1998, tomo I, 163-167, tradução Carlos Melo Ferreira
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É tudo, ou seja, um primitivismo, mesmo com o cinemascope e a magnifica cor vegetal, mas é mais do que isto, é um encontro possível (num Western) entre a casualidade e ambiguidade de Hitchcock; o rebelde de outrora a la Nicholas Ray; e uma espécie de metamorfose que hoje só em Cronenberg parece possível.
Tão fabuloso que está direitinho numa coisa tipo top 3 dos meus Faroestes favoritos.
Já agora têm uma das mais potentes cargas de porrada que alguma vez assisti.

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