Se a psicologia da luz, ou seja, algo que fere não só visualmente, como em Spike Lee ou Michaell Mann, mas psicologicamente, fisicamente diria, como que perfurando cérebro adentro e produzindo ondas de choque, se tudo isto alguma vez existiu, e existiu sem dúvida, o ponto máximo em cinema é Shock Corridor realizado em 1963 por Sam Fuller, filme para além de qualquer adjectivo absoluto.
Não foi para mim a dupla Coppola/Storaro que levou até ao ponto limite algo como a psicologia da cor, que eu prefiro chamar psicologia da luz.
Em One from the Heart apenas existe a mecânica, demonstração, tudo é ilustrado para confirmar uma dramaturgia.
O contrário do trabalho da dupla Fuller/Stanley Cortez, que ao instalar-se, com o seu personagem em todo o meio em questão, uma instituição mental, produzem uma luz tão febril, tão literalmente electrizante e doentia que não se sai imune.
Nada é demonstração teórica, tudo irrompe na pele, na carne, na mente. Incomparável uma tal combinação luz/local/dramaturgia.
E depois o filme, que resumiria como o reverso em versão de horror de Seven Chances, o filme que Keaton realizou em 1925, ou seja: a constante repetição produz o efeito ao infinito (como escreveu J.B.Costa a propósito do filme de Keaton).
Dói muito, e é aqui que está toda essa vertente da Luz
Não foi para mim a dupla Coppola/Storaro que levou até ao ponto limite algo como a psicologia da cor, que eu prefiro chamar psicologia da luz.
Em One from the Heart apenas existe a mecânica, demonstração, tudo é ilustrado para confirmar uma dramaturgia.
O contrário do trabalho da dupla Fuller/Stanley Cortez, que ao instalar-se, com o seu personagem em todo o meio em questão, uma instituição mental, produzem uma luz tão febril, tão literalmente electrizante e doentia que não se sai imune.
Nada é demonstração teórica, tudo irrompe na pele, na carne, na mente. Incomparável uma tal combinação luz/local/dramaturgia.
E depois o filme, que resumiria como o reverso em versão de horror de Seven Chances, o filme que Keaton realizou em 1925, ou seja: a constante repetição produz o efeito ao infinito (como escreveu J.B.Costa a propósito do filme de Keaton).
Dói muito, e é aqui que está toda essa vertente da Luz
1 comentário:
Gosto mesmo muito deste filme e do que disseste concordo com tudo mas especialmente com isto: "Incomparável uma tal combinação luz/local/dramaturgia."
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