“Se as minhas referências são muito mais próximas do cinema de Roberto Rosselini ou de autores contemporâneos vindos de Hong Kong ou Twaian, é natural que o cinema ou a linguagem exprima isso”
M.M
...
Sempre considerei Alice um bom filme, mais do que isso uma bela primeira obra. Mas não mais…
Há que admirar a maneira como Marco apaga todas as margens para se deixar ficar com um homem e uma obsessão, o resto são fantasmas que passam e uma cidade que se dilui. O centro filmico acente num homem e numa pulsão.
Sim, é razoavelmente seco, mas aqui vou mais pela opinião de Fernando Lopes: “o filme é tão look, tão look, que a emoção se esvai”.
Precisamente isto, e evocar o Santo nome de Rosselini, o mais puritano dos realizadores, num filme que passa uma espécie de filtro, tinta azul pelo filme todo, é sacrilégio. Veja-se Europa 51, ou Germania anno zero e esqueça-se esta ideia – e não, não dá para falar em Rosselinni século XXI, simplesmente não dá. Nem pela questão dos percursos vamos lá.
Marco Martins vêm da publicidade, e apesar da secura e do tom lento e desencantado – a banda som de Sassetti também ajuda – existe um lado publicitário, o tal “tão look”, meio disfarçado, mas que subtilmente está lá ad-infinitum.
É difícil não nos lembrar-mos claramente de Fincher e de Seven, por exemplo, distâncias guardadas.
Por isso não ache que passe por aqui alguma ideia de nova estética do cinema Português, embora ache que Marcos se lipar esse lado e esses resquícios pode colocar outro fogo, ir ao fundo dos seus abismos, no seu cinema que virá.
Mas mil vezes isto que o Vasconcelos o Leitão ou o Leonel….
Quanto a novas estéticas elas dão-se a cada Costa, Vilaverde ou Canijo, é por este lado…
Há que admirar a maneira como Marco apaga todas as margens para se deixar ficar com um homem e uma obsessão, o resto são fantasmas que passam e uma cidade que se dilui. O centro filmico acente num homem e numa pulsão.
Sim, é razoavelmente seco, mas aqui vou mais pela opinião de Fernando Lopes: “o filme é tão look, tão look, que a emoção se esvai”.
Precisamente isto, e evocar o Santo nome de Rosselini, o mais puritano dos realizadores, num filme que passa uma espécie de filtro, tinta azul pelo filme todo, é sacrilégio. Veja-se Europa 51, ou Germania anno zero e esqueça-se esta ideia – e não, não dá para falar em Rosselinni século XXI, simplesmente não dá. Nem pela questão dos percursos vamos lá.
Marco Martins vêm da publicidade, e apesar da secura e do tom lento e desencantado – a banda som de Sassetti também ajuda – existe um lado publicitário, o tal “tão look”, meio disfarçado, mas que subtilmente está lá ad-infinitum.
É difícil não nos lembrar-mos claramente de Fincher e de Seven, por exemplo, distâncias guardadas.
Por isso não ache que passe por aqui alguma ideia de nova estética do cinema Português, embora ache que Marcos se lipar esse lado e esses resquícios pode colocar outro fogo, ir ao fundo dos seus abismos, no seu cinema que virá.
Mas mil vezes isto que o Vasconcelos o Leitão ou o Leonel….
Quanto a novas estéticas elas dão-se a cada Costa, Vilaverde ou Canijo, é por este lado…
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